O dono da corretora de criptomoedas Gotbit e que morava em Portugal, o russo Aleksei Andriunin, foi extraditado aos EUA nos últimos dias. Ele tem apenas 26 anos, mas poderá cumprir mais de 25 anos de prisão se condenado.
Aleksei é acusado pela promotoria dos EUA de participar de uma ampla conspiração para supostamente manipular mercados de criptomoedas em nome de empresas de criptomoedas clientes.
Preso em Portugal desde outubro de 2024, ele aguardava sua extradição nos últimos meses. Ao chegar nos Estados Unidos, ele já compareceu perante a justiça e aguardará o julgamento detido.
Em 31 de outubro de 2024, Andriunin foi indiciado por um grande júri federal em Boston sob acusações de fraude eletrônica e conspiração para cometer manipulação de mercado e fraude eletrônica. A acusação também acusa a Gotbit e dois de seus diretores, Fedor Kedrov e Qawi Jalili.
Documentos judiciais apontam que a Gotbit, empresa atuante como “criadora de mercado” no setor de criptomoedas, esteve envolvida em um esquema de manipulação de volume de negociação entre 2018 e 2024. A companhia teria prestado serviços fraudulentos a diversas empresas, incluindo algumas sediadas nos Estados Unidos, inflando artificialmente a liquidez de ativos digitais.
Aleksei Andriunin, fundador e CEO da Gotbit, aparece no centro da investigação. Em uma entrevista concedida em 2019, ele detalhou como desenvolveu um código capaz de simular negociações, gerando um falso volume de operações para facilitar a listagem de criptomoedas em plataformas como o CoinMarketCap e em corretoras de grande porte.
A operação envolvia um sofisticado esquema de wash trading, no qual Andriunin e sua equipe – incluindo Jalili, diretor de vendas, e Kedrov, diretor de criação de mercado – utilizavam múltiplas contas para ocultar a manipulação no blockchain público. A Gotbit teria movimentado milhões de dólares em transações falsas, gerando lucros estimados em dezenas de milhões de dólares.
Parte dos ganhos foi supostamente direcionada para a conta pessoal de Andriunin na Binance, reforçando as suspeitas de enriquecimento ilícito. As autoridades seguem investigando o caso.
Nos Estados Unidos, fraude eletrônica pode resultar em até 20 anos de prisão, além de três anos de liberdade supervisionada e multas que podem chegar a US$ 250 mil ou o dobro do ganho ilícito obtido. Os condenados também estão sujeitos a restituição e confisco de bens.
No caso de conspiração para manipulação de mercado e fraude eletrônica, a pena máxima é de cinco anos de prisão, acompanhada dos mesmos três anos de liberdade supervisionada e multa de até US$ 250 mil ou o dobro do prejuízo causado pelo crime.
As sentenças são determinadas por um juiz de um tribunal federal. Com informações da justiça dos EUA sobre o caso.
Vale o destaque que nos últimos dias um brasileiro suspeito de operar uma fraude milionária com criptomoedas também foi extraditado aos EUA e aguarda julgamento.
Fonte da notícia: https://livecoins.com.br/.
Título original: Dono de corretora de criptomoedas é extraditado de Portugal aos EUA
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