A política dos Estados Unidos em relação às stablecoins oferece aos cidadãos europeus um método de pagamento atraente para transações internacionais que deve gerar mais preocupação do que as tarifas de importação do país, disse o ministro da Economia da Itália nesta terça-feira.
Ao discursar em um evento em Milão sobre gestão de ativos, Giancarlo Giorgetti disse que as autoridades da União Europeia devem adotar outras medidas para aumentar o status do euro como moeda de referência internacional e reclamou da fragmentação do setor de pagamentos da UE.
O presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu revisar as regras sobre criptomoedas e reverter a fiscalização ao setor que ocorreu durante o governo de seu antecessor, o democrata Joe Biden.
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As stablecoins indexadas ao dólar, que são um tipo de criptomoeda projetada para manter um valor constante, cresceram muito nos últimos anos. Elas agora atuam como uma engrenagem fundamental no setor de criptomoedas que movimenta vários trilhões de dólares, ajudando na liquidez de fundos entre diferentes criptomoedas ou em dinheiro comum.
“Atualmente, o foco geral está no impacto das tarifass. No entanto, ainda mais perigosa é a nova política dos EUA sobre criptomoedas e, em particular, sobre stablecoins denominadas em dólares”, disse Giorgetti.
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O ministro argumentou que as stablecoins dariam aos poupadores a oportunidade de investir em ativos sem risco e em um meio de pagamento amplamente aceito para transações internacionais, sem a necessidade de uma conta bancária em bancos dos EUA.
“Portanto, é fácil prever sua atratividade para os cidadãos de economias com moedas instáveis, mas seu apelo para os cidadãos da zona do euro não deve ser subestimado”, disse Giorgetti.
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Para promover a soberania europeia nos pagamentos e proteger o papel das moedas fiduciárias contra a disseminação das stablecoins, o banco central Europeu (BCE) está trabalhando no chamado euro digital.
O projeto prevê que os residentes da UE tenham contas digitais em euros no BCE, que podem ser usadas para pagamentos online ou em lojas, ou para trocar dinheiro, graças à parceria do BCE com provedores de serviços de pagamento baseados na UE.
“O euro digital será essencial para minimizar a necessidade dos cidadãos europeus recorrerem a soluções estrangeiras para acessar um serviço tão básico como pagamento”, disse Giorgetti.
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Os bancos europeus têm expressado preocupação com o fato de que um euro digital esvaziará seus cofres à medida que os clientes transfiram parte de seus recursos para uma carteira eletrônica garantida pelo BCE.
Fonte da notícia: https://www.infomoney.com.br/tudo-sobre/criptomoedas/feed/.
Título original: Política dos EUA sobre stablecoins é mais perigosa que tarifas, diz ministro italiano
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